Síntese Histórica
A concepção de um Batalhão de Comunicações, concretizada por meio de um Decreto Presidencial em meados da década de 60 do século passado, veio num momento de grande instabilidade mundial, onde a expressão “Guerra Fria” definia a bipolaridade então existente no mundo, a manifestar-se num conflito ideológico que dividiu o planeta em dois blocos, tendo os EUA de um lado e a URSS do outro. É neste conflito onde digladiaram-se democracia x totalitarismo, que o Brasil cerrou fileiras ao lado das liberdades individuais. Tendo o Exército Brasileiro como escudo protetor de tais direitos.
No âmbito interno, o Exército Brasileiro, na figura do então 4º Exército, hoje Comando Militar do Nordeste, buscava o preenchimento de uma lacuna existente no Nordeste brasileiro relativa ao emprego e uso das comunicações. Região de vasta amplitude, litoral imenso e grande importância estratégica no Atlântico Sul, necessitava de mais um contraponto, uma ligação, uma organização militar de caráter moderno e ao mesmo tempo atenta aos valores e tradições do passado.
Em 2003, o 4º Batalhão de Comunicações de Exército (4º b Com Ex) teve a sua denominação alterada para 4º Batalhão de Comunicações (4º B Com).
Criação
Estreitar espaços, transmitir e receber informações com rapidez, eficiência e segurança, acessorando o Comando com presteza e qualidade. Tais objetivos nortearam a promulgação do Decreto Presidencial Nº 52. 277, de 22 de dezembro de 1964, documento que cria oficialmente o “4º Batalhão de Comunicações de Exército”, dois meses após tal ato, nossa OM inicia suas atividades nas antigas instalações da Granja Fazendinha, Distrito de Cavaleiro, Jaboatão dos Guararapes.
No dia 03 de março de 1966, nossa Unidade transfere-se para uma área de 172 hectares, antes chamada de Granja Modelo, no bairro de Tejipió, Recife. Área esta que foi cedida pelo Ministério da Agricultura e que viria a ser a sua instalação definitiva.
Denominação Histórica
Em 13 de dezembro de 1966, por meio de Portaria do Ministro do Exército, o 4º B Com Ex recebeu a denominação histórica de Batalhão Arraial Novo do Bom Jesus, em homenagem ao forte que foi um marco de resistência luso-brasileira contra os vários holandeses no século XVII, de onde partiam e para lá retornavam as tropas que venceram os batavos nas duas batalhas de Guararapes.
Breve Histórico do Arraial Novo
Após o desembarque do invasor holandês, ocorrido na praia de Pau Amarelo e consequente tomada de toda zona litorânea, o então governador da Capitania de Pernambuco, Matias de Albuquerque, embrenha-se mata adentro com sua força de reação restante e funda o Arraial Velho do Bom Jesus, forte que transformou-se num núcleo de povoamento e local de reunião das tropas que combatiam sob o regime de emboscada.
Com o cerco e consequente queda do Arraial Velho, ocorrido em 1635, funda-se o que seria a derradeira defesa da Capitania frente ao invasor flamengo. Foi desta fortificação, erguida em setembro de 1645 e também era usada como depósito de munições, que houve a concentração das tropas luso-brasileiras que combateram na 1ª Batalha dos Guararapes (19 de abril de 1648), bem como na 2ª Batalha, ocorrida em 19 de fevereiro do ano seguinte.
Atualmente, o sítio arqueológico do antigo Arraial Velho do Bom Jesus ainda possui os vestígios de uma muralha e de dois baluartes de terra utilizados pelos nossos gloriosos antepassados. Relíquias ancestrais que o 4º B Com protege e cultua como valores intrínsecos do legado glorioso de nossa nação.